por Gideane Moraes (Formada em Teologia e Pós-Graduanda em Filosofia)
Olha-se ao redor e vê-se partes minúsculas formando um quadro de cena.
Vê-se pessoas. Vê-se comércios. Vê-se transportes. Vê-se capitalismo. Pessoas
correndo e correndo em busca de instantâneas satisfações e minúsculas sensações
de prazer. De ímpeto olho para mim. Não vejo o que eles vêem, não busco onde
eles buscam.
No mesmo cenário, olho ao redor e contemplo aquilo pelo qual se faz o
cenário girar. Mas não falo de comércios, transportes e seus adjacentes. Falo
do céu que está acima de todas essas coisas, inclusive das pessoas. Ele é bem
mais atraente do que muitas vitrines e placas. Ele é auto- possuidor de vida.
Ele se movimenta sem precisar ser ligado a uma tomada. Ele tem cores próprias
sem que nenhum ser humano o tenha pintado. É maior! É sublime.
Continuo olhando e vejo além dessas ruas. Ruas que deságuam no rio, olho
para o rio e, como todos os dias, me surpreendo outra vez. Rio lindo. Rio vida.
Rio de vida. A vida do lindo. Esse rio não precisa de moedas para fazer
acontecer, não negocia nem deixa-se negociar. Ele é que realmente me remete ao
maior prazer : Seu criador. Sua dança silenciosa é mágica e tão nostálgica que
chego a me perder com ele em sua ida. É maior! É sublime.
Olho novamente e agora vejo pessoas, mas não como eles. Vejo PESSOAS e
não suas possibilidades de ações e o que podem oferecer para seu funcionamento
como máquinas e mediadores das potencialidades entre “senhor” e consumidor.
Imagino sua insignificância em sua árdua tentativa de ser feliz, preso por uma
rotina e hábitos que cada dia o levam para o mesmo lugar. Onde está. Parece que
não percebe que tudo é muito rápido e “loguinho” acabará. Alguns só pensam no
lá, no que poderá esperá-los para além daqui. Como assim? Esquecem que a vida é
uma preciosa oportunidade de viver... V I V E R !
Sabe que parece ser dois lugares diferentes. Mas não é. O segredo está
na cosmovisão de quem a carrega. Como se vê. A banalidade da vida anda lado a
lado com sua preciosidade. Pena ser o ser humano pequeno demais. Somos
medíocres em alta dimensão. Porque simplesmente é tão mais fácil se prender a
um mesquinho sistema do que procurar em si, a fim de encontrar a essência da
vida?
As pessoas vão tão longe buscar essa instantânea sensação de prazer,
quando o supra sumo de todas as coisas está logo aqui. Em cada um. Fomos feitos
para isso. Somos isso. E preferimos ser a negação, e acabando se findar
buscando o que morava dentro desde o princípio. O SUBLIME é simples. Simples de
ostentação. Vazio de ostentação. Aqui não. Quando estivermos nus, seremos
SUBLIMES ! Quando existirem somente minha essência e minha consciência. Seremos
o melhor que pudermos ser para nosso Criador! Assim... a tentativa continua.
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